O ciclo da vida tem começo, meio e fim. Logo, esperamos seguir o curso natural de nossa existência sem nenhum tipo de imprevisto. Entretanto, há situações que mudam esse cenário, com o diagnóstico de um câncer. Para superá-lo, é preciso ter fé, persistência e resiliência, e enxergar o tratamento que será feito dali por diante, como uma oportunidade para sermos protagonistas da nossa história.

Evidente que ninguém espera ser informado que tem câncer após uma visita ao médico, mas milhares de pessoas iniciam a luta contra o câncer todos os anos. A doença pode se manifestar de diferentes formas, e receber tal notícia causa medo e apreensão. Mas volto a repetir, a persistência e a vontade de viver fazem toda a diferença para quem inicia o tratamento para combater a doença.

Com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre o câncer, foi instituído em 2000, o Dia Mundial do Câncer. Celebrada em 04 de fevereiro, é uma iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro propósito é pontuar junto à governantes e a sociedade civil ações educativas e de prevenção à doença, iniciativas que promovam o controle dos diversos tipos de câncer, e desse modo, evitando milhões de mortes por ano.

Se você já vivenciou em sua família ou com amigos um caso de câncer sabe muito bem como é uma situação em que todos à volta acabam adoecendo. O medo, a frustração e muitas vezes, a falta de informação leva as pessoas ao desespero. Só que a maioria não se dá conta que o aspecto psicológico é fundamental para se curar um câncer.

Se o paciente está desmotivado, sem forças, “jogando a toalha”, infelizmente terá poucas chances de triunfar sobre a enfermidade. Por outro lado, se ele permanecer motivado durante o tratamento, buscando apoio e seguir a rotina estabelecida pelos médicos, a cura será uma questão de tempo.

Um dos principais nomes do atletismo de todos os tempos, o queniano Eliud Kipchoge, realizou a façanha de completar uma maratona, ou seja, 42 quilômetros e 195 metros abaixo de duas horas, com o impressionante tempo de 1 hora, 59 minutos e 40 segundos. Mas o que isso tem a ver com o câncer? Kipchoge costuma dizer que “se você não controlar sua mente, ela vai controlá-lo”. Quer ter sucesso na vida? Quer vencer um câncer? Tenha controle pleno sobre sua mente.

Além dos aspectos filosóficos, a fé é um importante elemento para se alcançar os objetivos. Não se trata apenas de religião, já que a liberdade de crenças á assegurada pela Constituição Brasileira, mas acima de tudo, acreditar numa força maior que nos rege, e que à sua maneira, nos inspira e nos motiva a buscar diariamente nossas conquistas pessoais, seja a recolocação profissional ou a cura de um câncer.

Exercitar a fé nos ensina a ter gratidão pela vida e por aqueles que nos rodeiam. No caso de um tratamento de câncer, sempre traumático e cansativo, aqueles que nos amam sempre estarão ao nosso lado, levando conforto, carinho e esperança. Atitudes como estas renovam a esperança para que o procedimento seja o mais breve possível.

Nos momentos de dificuldade também são comuns atitudes de ódio, desespero e questionamentos sobre o porquê daquela situação. Mas o ceticismo e a busca por encontrar culpados só faz mal ao paciente, que naquele momento precisa de tranquilidade e leveza no coração para superar as sessões de quimioterapia, fundamentais para a cura do câncer. Além disso, mesmo os céticos recorrem à religião nos momentos de maior dificuldade.

RESILIÊNCIA

Resiliência é a capacidade que o ser humano tem de lidar com os problemas que enfrenta, adaptando-se a mudanças, superando obstáculos ou resistir a momentos de pressão em situações adversas. Você já parou para pensar qual o impacto de um câncer na vida de uma pessoa? Como lidar com a situação?

Referência nacional no âmbito de palestras motivacionais com foco na diversidade, a Converger conta com dois palestrantes que não desistiram de viver ao receberem o diagnóstico de câncer. Resilientes, eles seguiram em frente, e hoje relatam em suas palestras sobre como superaram a doença, e adaptaram suas vidas à nova realidade, com fé, persistência e sobretudo, amor à vida. Conheça um pouco sobre eles:

Gustavo Carneiro – Apaixonado por esportes, o administrador de empresas foi surpreendido em 2017 com a notícia de um câncer. Em razão da doença, teve que amputar parte da perna esquerda. Mas engana-se quem imagina que os dias de atleta de Gustavo terminaram. “Fiquei ainda mais forte”, afirma. Com fé, foco e determinação, ele seguiu adiante em busca dos seus objetivos.  

Atualmente ele é atleta de alto rendimento de tênis em cadeira de rodas e treina forte para representar o Brasil nas Paralimpíadas de 2020. Além disso, Gustavo, que em 2016 correu uma maratona, treina para se tornar um ultramaratonista. As ultramaratonas são provas de rua caracterizadas por distâncias que variam entre 75 e 120 quilômetros. Como palestrante, ele mostra como é possível ser resiliente e adaptar-se a uma nova realidade, não importa qual seja.

Rosinha Santos – A atleta paralímpica Roseane Ferreira dos Santos, a Rosinha como ficou conhecida, tem uma história parecida com a de Gustavo. Além de superar um câncer, ela teve uma perna amputada após um acidente. Foi o início de uma guinada em sua vida. Rosinha deixou a vida de empregada doméstica para se dedicar ao esporte.

No atletismo, se destacou nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco, participando dos Jogos Paralímpicos de Sydney-2000, conquistando a medalha de ouro em ambas as categorias. Ela também participou dos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008. Exemplo de superação, ela aborda sua trajetória de vida levando em suas palestras motivacionais, uma mensagem de esperança, garra e superação.

PERSISTÊNCIA

Ao ouvir histórias de superação como as de Gustavo Carneiro e Rosinha Santos parece que o caminho que eles trilharam foi fácil, mas não foi. Eles, como milhões de pacientes com câncer espalhados pelo mundo conviveram com o medo, a incerteza e até a falta de fé em determinados momentos. Mas ao invés de desistirem, foram persistentes e seguiram adiante com suas vidas, trilhando um novo caminho.

A persistência é fundamental para todos aqueles que almejam o sucesso! As pessoas que conquistaram o “seu lugar ao sol”, passaram por momentos de dificuldade para alcançar seus objetivos. Foram inúmeros “não” até a oportunidade de mudou suas vidas. O ex-jogador de futebol Cafu, capitão da seleção brasileira pentacampeã mundial em 2002, foi reprovado em 14 peneiras antes de conquistar sucesso no futebol brasileiro e no exterior. Já imaginou se ele tivesse desistido na primeira tentativa? O esporte perderia um de seus maiores exemplos de conduta e profissionalismo.    

No tratamento de um câncer, a persistência deve complementar o tripé ao lado da fé e resiliência. Quando tudo parecer difícil e sem solução, é fundamental aquela força de vontade extra, para seguir adiante, com a certeza de que o fim do tratamento chegará em breve, e o paciente poderá enfim, voltar aos braços da família e retomar as atividades profissionais e de estudo, reencontrando os amigos que ficaram por ele.

Assim como em qualquer situação da vida, a persistência vai levá-lo exatamente aonde você deseja chegar, no ponto mais alto do pódio. Não tenha medo de errar, ao invés disso, tenha receio de ficar parado, estagnado no mesmo lugar, inerte e sem perspectivas. Siga em busca dos seus objetivos, estude, planeje, trabalhe duro e com certeza você chegará ao resultado esperado.  

Acredite em você, no seu potencial e nas suas ideias. Combata o “câncer” do medo, do desânimo e da procrastinação. Tenha atitudes positivas, seguindo adiante com seu propósito, agradecendo e celebrando cada êxito diário, para lá na frente comemorar a grande vitória: a sua consolidação pessoal e profissional.

[post-carousel id="2657"]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Gostaria de receber nosso calendário da diversidade e inclusão 2024 e atualizações?

Deixe seu email abaixo que vamos te enviar!