Carioca, é um homem branco gay cisgênero baixo gordo judeu 60+, casado com Humberto há 25 anos e pai do Henrique, um adolescente negro.

Trabalhou por 38 anos na Petrobras, onde atuou em diversas atividades e onde a semente da Diversidade foi plantada há 22 anos, quando atuou como gestor de imagem corporativa e marcas, oportunidade em que liderou programas e projetos globais.

Atualmente, é associado fundador do Parsifal21, rede de consultores na área de gestão e desenvolvimento humano, organizacional e territorial,  onde busca alinhar a geração de impacto positivo pelas organizações à temática da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

Também atua como consultor associado da YLUMINARH Desenvolvimento de Pessoas e Organizações para temas de DEI.

Palestrante e consultor atuante em empresas, instituições de ensino e ONGs, sobre o tema de DEI, quando traz para o dia a dia sua vivência e experiência  relacionadas aos temas de  Raça (Privilégio Branco e Branquitude), PcD, Gênero, LGBTQIA+ e Etarismo.

Participa de coletivos de pais e mães voltados para educação antirracista, educação anticapacitista e  famílias de modelos diversos.

MEU PROPÓSITO E O QUE QUERO FALAR

Muito frequentemente, vivemos tão fechados em nossa realidade, que temos muita dificuldade  de olhar para fora de nossa bolha. Voltando no tempo, aprendi  que sempre me enquadrei naquele padrão do homem branco classe média privilegiado, que se beneficiava dessa realidade sem nunca ter se preocupado profundamente com as questões sociais do nosso país.

Foi em 1993 que minha percepção começou efetivamente a mudar, a partir da minha participação em um intercâmbio na França.  Tive que viver essa experiência para furar minha bolha  e entender o quanto o mundo era diverso, desigual e preconceituoso e o quanto a realidade social brasileira era da mesma forma.

Um segundo gatilho foi fundamental para estabelecer conexão com o tema da Diversidade – meu trabalho na Petrobras, quando a partir e 2002, como gerente de Imagem Corporativa e Marcas da empresa,  liderei programas e projetos que envolviam a diversidade, nas mais variadas nuances, dentro e fora do país.

Mas foi por conta da chegada do meu filho, em 2013 e da minha última atuação na Petrobras, na área de Responsabilidade Social, que este tema tomou efetivamente outra dimensão e importância na minha vida.  Antes, nem o fato de ser gay havia me mobilizado porque vivi a maior parte da vida profissional “dentro do armário”. A partir desse momento, fui percebendo a necessidade de olhar para o tema da Diversidade e Inclusão por conta do desafio de ter que aprender a educar um filho negro de pais gays brancos, em uma sociedade racista e homofóbica. Desde então, comecei a estudar, me letrar, ler, ouvir e seguir referências. Uma necessidade pessoal acabou se transformando em propósito de vida.

Assim, ao entender que podia fazer mais pelas causas sociais que acredito, a partir justamente do meu lugar de privilegio, que assumi como missão contribuir e provocar reflexões relevantes, colocando todo meu conhecimento, vivência, histórias e emoção em prol desta causa.

A partir da minha experiência profissional, acredito que os ambientes de negócio podem ser espaços mais inclusivos, respeitosos e seguros para qualquer pessoa e por isso decidi atuar na sensibilização de organizações ou de pessoas que ainda “vivem em suas bolhas”. Desta forma, acredito poder contribuir para a construção de um mundo melhor para meu filho e para os filhos dos outros.

Acredito que minha história e meu momento de vida me levam, de forma diferenciada, a instigar e provocar espaços de poder ainda não ou pouco sensibilizados, assumindo um papel de “provocador empático”, com um olhar atento e respeitoso.

Entendo que “olhar a vida” a partir do reconhecimento do meu próprio privilégio, da minha própria diversidade e da minha variada experiência profissional me credenciam a atingir este objetivo.

Com uma abordagem direta e emotiva, minhas palestras buscam trazer o olhar de alguém que se identifica com os grupos minorizados, mas que se vê no papel de aliado, que pode promover diálogos, propiciando novos conhecimentos e facilitando  as escutas, com menor resistência. Minha fala se dá de forma leve, didática, autêntica e sincera, sem me preocupar com conceitos e conteúdos formais.

Fala sobre:

Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e sua relação com os negócios, Paternidade homoafetiva e interracial, Raça, PcD, Gênero, LGBTQIA+ e Etarismo